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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Como você contrata?

Nem sempre a diretoria e os gestores de uma organização dedicam a devida atenção à contratação de profissionais. Muitos não se envolvem nesse processo, delegando ao RH uma das estratégias mais importantes quando o assunto é aquisição de talentos. Pode ser que alguns gestores pensem – e afirmem – “eu não tenho tempo para entrevistar candidatos, o RH é pago pra isso”.
Contratar errado significa colocar em risco o negócio e provocar estragos na imagem, na cultura e no clima organizacional. Economizar com processos seletivos “baratos” e mal planejados é certeza de pagar um custo maior mais tarde.
Adquirir talentos é uma função mais avançada que o recrutamento e a seleção tradicional/operacional, vai além da descrição de um cargo, do perfil comportamental e dos requisitos técnicos. O grande desafio nesse aspecto é contratar profissionais que possam crescer junto com o próprio negócio (ou mais) e ocupar uma, duas ou até três posições mais elevadas. Antes de tudo, porém, é preciso ter a certeza de que os valores pessoais do candidato estejam alinhados aos valores e à cultura da empresa. Essa condição é básica para prosseguir às outras fases do processo.
Veja o interessante depoimento de Josh Bersin no canal How I Hire (Como eu contrato) do Linkedin.
Fundador e diretor da consultoria Bersin, da Deloitte, Josh Bersin afirma que contratar é a função mais importante de um gestor. Para a tarefa, ele enumera dez princípios a serem observados na hora de selecionar um profissional. 
1. “Meça duas vezes, corte uma” se aplica a contratar. “É sempre melhor ir devagar do que correr para contratar um candidato porque você tem uma vaga crítica aberta”.
2. Confie no seu instinto. “A maioria das pessoas fantásticas que nós contratamos ao longo dos anos eram pessoas que eu conheci e comecei a confiar e gostar muito rapidamente”.
3. A experiência é enganadora. “É muito tentador contratar pessoas de competidores rivais ou de uma companhia que você admira. Eu recomendo a você ignorar o efeito ‘pedigree’. Em vez disso, você precisa entender o que eles fizeram lá, como eles alcançaram resultados e porque eles saíram do emprego”.
4. Procure por paixão, firmeza e qualidade. “A maioria de nossas melhores pessoas não veio de grandes faculdades e universidades (nós não podíamos pagar altos salários nos primeiros dias), mas eles eram ‘fazedores’”.
5. Cuidado com os gurus autoproclamados. “São pessoas que blogam muito, tuitam muito e se tornam muito conhecidas. E acho que esses tipos de pessoas estão mais interessados na marca pessoal do que em contribuir com seu negócio”.
6. “Procure profissionais que são confiantes, mas humildes”.
7. “Peça opinião e feedback dos outros”.
8. Esteja sempre em busca de novos profissionais. “Eu tendo a pensar em recrutar pessoas o tempo todo”.
9. “Lembre-se de que não há candidatos perfeitos; nós todos somos trabalhadores em progresso”.
10.  “Você não vai bater 1000. Nunca conheci um gestor ou recrutador que me disse que poderia garantir uma média de rebatidas perfeitas”.

E você como contrata? Comente o assunto e conte sua experiência.

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