O RH de uma
empresa tem como papel principal selecionar, gerir, reter talentos, desenvolver
pessoas e alinhar as ações dos colaboradores com os objetivos pretendidos pela
organização. Porém, para muitos profissionais, esta área ainda é vista com
mistério.
Como resultado da falta de informação clara,
segundo o diretor de RH da Logus Consultoria,
Rogério Shyakawa, grande parte dos funcionários se distancia do RH e acaba
concentrando todas as
dúvidas e desentendimentos, a maioria das vezes, apenas em seus respectivos gestores.
“Entre os trabalhadores há um mito de que o RH é
uma extensão da autoridade do presidente da empresa, ou ainda, aquele setor que
só tira seu tempo produtivo quando oferece um treinamento de vez em quando e
pede algumas avaliações. Além disso, por questões de desavença com o pagamento
de salário, por exemplo, é comum já haver uma rixa em relação à área, pois é
ela que lida com a parte burocrática do dinheiro”, explica Shyakawa.
De fato, para o diretor, falta investimento por
parte das companhias em desmitificar o que realmente acontece dentro do RH e
quando os colaboradores devem se sentir à vontade para procurar o departamento.
“É importante para o colaborador entender que o gestor é, idealmente, seu primeiro
ponto de contato caso ocorra alguma adversidade, mas se sentir que a ajuda não
foi suficiente, ele deve ter a segurança de procurar uma perspectiva
organizacional maior sobre políticas/práticas no RH”, afirma.
É hora de procurar o RH
Shyakawa citou as principais situações onde os profissionais costumam
recorrer ao RH das corporações:
•
Para obter informações sobre as políticas, processos e benefícios: o RH é o guardião de todas as
práticas e regulamentos vigentes dentro da empresa.
•
Para entender como avaliações de desempenho e remuneração são decididas: lembre-se que um profissional de
Recursos Humanos jamais dará qualquer informação sobre pessoas em cargos
específicos, porém é permitido explicar como funcionam os métodos para
promoção, plano de carreira, etc. A quantidade de informação que pode ser
compartilhada varia de empresa para empresa e o departamento seguirá os termos
internos de confidencialidade.
•
Quando precisar de uma mudança em sua situação de trabalho: os exemplos incluem transferência
interna de área, mudança para outra filial da companhia, dentre outros.
• Em
casos de violação das políticas internas: se você for vítima ou testemunha de algum ato
de violação, consulte o manual do funcionário ou código de conduta da empresa.
Qualquer transgressão dos termos estabelecidos pode ser levada ao conhecimento
do RH, que vai investigar e ajudar a recolher provas suficientes para as suas
alegações. Exemplos incluem negação de pedidos de férias válidas, favoritismo,
etc.
• Se
você notar uma prática ilegal: o exercício indevido em relação ao modelo de negócios da organização
pode levar, inclusive, à demissão por justa causa. O RH, que trabalha em
estreita colaboração com a equipe jurídica na maioria das companhias, vai
averiguar a sua denúncia.
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